Sou uma pessoa 100% a favor de tudo que é justo, gosto das coisas certas e por isso todas as vezes que vou para os EUA volto bem revoltada com o Brasil, a corrupção e o jeitinho brasileiro sempre vencem por aqui.
Começo assim esse post porque ontem fomos surpreendidos por uma matéria da FOLHA de SP sobre um suposto acordo coletivo de empregadas domésticas.
Aqui, quero dar minha opinião como advogada e como mulher moderna, que apesar de precisar da ajuda dessa categoria, a mais de 6 meses abri mão dessa ajuda, por diversos motivos que contarei em outro post.
Acho muito justo, que TODAS as profissões tenham seus direitos estabelecidos, isso não apenas regulariza todas, como também dá dignidade ao ser humano. O que não concordo é com a forma que a coisa vem sendo feita.
Uma legislação, antes de ser levada a votação, é discutida pelas entidades envolvidas, é debatida com todos os pontos contras e a favor. O problema da “lei das domésticas” é que isso não vem sendo feito.
Conheço algumas que foram para a RUA, logo que a Lei foi aprovada, outras estão trabalhando agora sem carteira assinada, para que elas tenham salário e o patrão “aguente” pagar. Sim, AGUENTE, gente uma empregador doméstico NÃO É UMA EMPRESA, ele não consegue do dia para a noite ter um AUMENTO DA FATURAMENTO, ou ainda, pode mandar 10 embora e reestruturar o serviço com os 5 que SOBRARAM!
Acorda BRASIL!! Essa lei é mais uma das enormes medidas eleitoreiras dos nossos governantes, eles não estão pensando nas DOMÉSTICAS, estão pensando na ARRECADAÇÃO de mais e mais impostos para poderem ROUBAR MAIS E MAIS!!
Então, você me pergunta: Você não concorda com o Direito das Domésticas? Eu respondo: Claro que concordo…mas precisamos sentar: patrões , empregados, sindicatos e ver o lado de todos.
Vou dar um ex. de absurdo dessa legislação: Quem dorme em emprego vai agora receber um mínimo de R$1.200,00 em algumas cidades. Tá! E no caso de empregados que MORAM no emprego? Aqueles que simplesmente não TEM ONDE MORAR e o patrão por ajuda cede uma edícula, um quarto? Essa pessoa, vai então ser “despejada” para pagar aluguel em outro lugar e aí voltar ao salário mínimo? Vejam: uma coisa é QUEM DORME PRESTANDO SERVIÇO outra é quem MORA no emprego. Viram a falha? Essa é apenas 1 delas, podia passar o dia discorrendo sobre diversas falhas.
Espero, que patrões e empregados consigam ter o bom senso, que os governantes não tem e com isso cheguem a acordos entre as partes. A relação doméstico x patrão é muito pessoal, a pessoa trabalha DENTRO DA SUA CASA, no seu santuário de lazer e descanso, não pode ser tratado como um funcionário de fábrica que é apenas mais um, facilmente substituído por alguém que tecnicamente faça a mesma coisa.
A relação doméstica x patrão é acima de tudo de confiança, carinho, respeito e isso deve ser analisado de outra forma.